Virus 32 (Uruguai, 2022)
Com Paula Silva, Pilar Garcia Ayala, Daniel Hendler, Franco Villa, Sofia Gonzales.
Variante latina. Suspense de primeira linha feito em coprodução entre Argentina e Uruguai. É uma alternativa no clichê zumbis, com um vírus que altera o comportamento de uma população tornando-a extremamente raivosa e violenta. Conta a aventura de Iris, separada do marido e com uma filha adolescente. Iris não é a pessoa mais responsável do mundo, em seu subemprego momentâneo ela faz turno de segurança em um enorme clube esportivo desativado e leva a filha para curtir um dia de serviço. Quando a epidemia se alastra pela cidade, ela e a filha ficam isoladas no prédio, cercadas por raivosos que tentam entrar.
Aflitivo e dinâmico, Virus 32 é uma grata surpresa no panorama de repetições ou tentativas frustradas de inovar no pop-horror moderno. Alternando exemplarmente bem seus sufocantes intervalos de suspense a cenas de ação frenética o filme é imersivo, envolvente, dinâmico e simpático como poucos e faz uso muito bom na autenticidade de seus ambientes decrépitos e abandonadas, além de um uso frequente da câmera móvel para criar tensão pelos espaços vazios. Tem seus detalhes fracos como o alarme falso do corpo incinerado e o bebê digital, mas equilibra tão bem seus ingredientes entre o humor da mãe irresponsável a extremos de limite dramáticos que se destaca facilmente da média, especialmente por sua excelência técnica em uma produção visivelmente econômica. Também é curiosa a opção pelos infectados que não são apenas zumbis irracionais e se movem por alguma incerta motivação, como o vilão careca que persegue Iris, o que abre uma leitura interessante ao conjunto de caos social.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈😈
As definições de claustrofobia foram atualizadas. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário