Bull (Reino Unido, 2021)
Com Neil Maskell, Kevin Harvey, Kellie Shirley, David Hayman, David Nellist, Mark Springer, Henry Charles, Yassine Mkhichen, Lois Brabin-Platt.
O problema (para quem comenta) é que a maior virtude do filme é justamente o maior spoiler... O protagonista, Bull, é integrante de uma gangue de mafiosos que volta à sua cidade dez anos depois de desaparecido. Busca vingança contra os que o traíram, mas sua maior motivação é encontrar o filho. Violento e implacável, Bull enfrenta toda e qualquer dificuldade em sua insana missão. Logo, sua presença começa a desorganizar a gangue e os desentendimentos acabam revelando um passado macabro envolvendo todos, de familiares aos chefes da organização.
Então, passando por Scorsese a filme de horror, Bull não esconde sua natureza B e soma com eficiência todas as virtudes de que dispõe. A crueza do novo cinema inglês e as referências pop brotam com naturalidade tal a desenvoltura com que o filme é realizado. Neil Maskell evoca uma espécie de Rick Gervais hardcore e domina o filme em sua fúria incontida enquanto o restante do elenco cumpre sua função de body count. Bull é capanga de um grupo mafioso que tem um açougue de fachada (!), por aí já dá pra imaginar sua vingança... No circuito fechado de referências cinematográficas, Bull parece uma versão de High Plains Drifter adaptado aos filmes de máfia. Em pistas sutilíssimas e flash-backs constantes, o filme se compõe como duas narrativas entrelaçadas. Fica a dúvida, na maior parte do tempo: que raio de filme fantástico é esse? Será preciso aguardar o epílogo...
• Traumático 2: o destino do filho.
Expectativa 👿👿 Realidade 👿👿👿
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