Cuando Acecha la Maldad (Argentina, 2023)
Com Ezequiel Rodriguez, Demian Salomon, Silvina Sabater, Luis Ziembrowski, Virginia Garofalo, Paula Rubinsztein, Emilio Vodanovich.
Possessão contagiosa. Saboroso e envolvente terror do mesmo diretor de Aterrados. Seus filmes têm um sabor daquela naturalidade que parece ter se perdido perdida no gênero. Virtude de filme B. Aqui se constrói uma situação aflitiva da qual não parece haver escapatória e que se desenvolve lentamente, entre surpresas e informações dosadas com cuidado.
Pedro e seu irmão Jimi moram no campo e investigam o suspeito som de tiros pela madrugada. Um documento encontrado leva a uma das vizinhas que guarda um segredo macabro em casa: seu filho mais velho está possuído e precisa de um especialista para dar fim a existência dele da forma correta, senão a possessão pode se espalhar, se multiplicar como uma praga, ou até mesmo provocar o aparecimento de um mal ainda maior que nascerá do possuído!
Ruiz, o dono das terras locais, desconfia que tudo seja uma armação governamental para despovoar suas terras e desvalorizá-las e decide retirar o possuído do local, mas Pedro quer apenas fugir da região levando a ex-esposa e seus filhos. E a trama segue em uma progressão de surpresas e violências inesperadas até compor seu conjunto. Um slow burning sangrento que só peca por uma trilha sonora pouco presente. A progressão de eventos merecia um acompanhamento musical mais consistente, até porque o filme não se aprofunda em comentários sociais ou políticos que justifiquem sua aparente pretensão a realismo.
Simplório de recursos, apelando a ousadias (como violência com crianças) e com sustos apavorantes (perfeitamente inseridos e passando longe dos estúpidos jumps modernos), é o tipo de filme que impressiona pela condução e direção de elenco, tudo garantindo uma progressão de pavor memorável.
Expectativa 🐐🐐 Realidade 🐐🐐🐐🐐
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