Stopmotion (Reino Unido, 2023)
Com Aisling Franciosi, Tom York, Therica Wilson-Read, Caoillin Springall, Stella Gonet.
Da vida das marionetes. Terror "de arte", daqueles que vai agradar aos devotos do cinema weird, ou dos cult movies. A começar pela atividade da protagonista, Ella Blake, jovem instável que, sob a educação e conduta rígida de sua mãe, trabalha como animadora em um filme de animação quadro-a-quadro, o tal stopmotion do título, aquela técnica de animação semelhante ao desenho animado. Ella trabalha rigorosamente sob a orientação da mãe, impedida de continuar na atividade por causa de uma artrite aguda que a impede de mover os bonecos para a filmagem.
Fascinante em sua esquisitice, Stopmotion na verdade nem vai muito longe na situação da jovem protagonista e os paralelos entre sua personalidade facilmente manipulável e os puppets utilizados pela mãe, uma exímia e famosa animadora. Obviamente e sem disfarce, Ella é mais um boneco no universo da mãe e tão logo ela adoeça e saia de cena, a jovem será presa fácil dos que se manifestam ao seu redor. Entre pressões externas e internas, Ella começa a perder a sanidade nos paralelos entre sua expressão manifestada no filme em que trabalha e a realidade, na qual ela parece não se encaixar.
Interessante, mas meio previsível e cheio de simbolismos baratos, como a relação com a menina chata do apartamento vizinho (alter ego infantil da protagonista), Stopmotion tem paralelos inevitáveis com os filmes de Jan Svankmajer e Brothers Quay e é irmão de obras minimalistas igualmente weird como Possum ou Caveat, um pesadelo incômodo, mas que estranhamente se mantém há alguma distância do espectador e parece não ter se empenhado o quanto poderia. Intriga, mas não entusiasma.
Expectativa 😈😈 Realidade 😈😈😈
Nenhum comentário:
Postar um comentário