The Fifth Floor

The Fifth Floor (EUA, 1978)

Diret Howard Avedis
Com Dianne Hull, Bo Hopkins, Sharon Farrell, Julie Adams, Mel Ferrer, Robert Englund, Anthony James. 

Embalos da clínica à noite. Suspense mediano da era disco. Kelly é uma jovem estudante que tem seus momentos de glória como dançarina em uma discoteque, até que em um drink ocasional, endereçado a outra pessoa, ela ingere uma substância fatal e acorda em um clínica para doentes mentais! Suas justificativas acabam questionadas por todos os responsáveis e até seu namorado desconfia da estabilidade da moça. A suspeita é a de que ela tentou se matar e ninguém aceita seus argumentos. A moça precisará de um plano para escapar do local ou acabará sendo sedada até perder o juízo irreversivelmente.

Baseado em um caso real (diz no crédito de encerramento) este é um daqueles thrillerzinhos B que diverte pelo saudosismo. Imagine o trauma (para o espectador) quando Kelly acorda na clínica e Robert Englund é um dos internados, seguido de Bo Hopkins como enfermeiro pilantra, seguido de Mel Ferrer como o doutor que dirige a casa! De caso em caso, de abuso em abuso, a pobre Kelly vai afundando na falta de auxílio, nos avanços do enfermeiro tarado, na incompreensão geral, até ser forçada a descargas elétricas disciplinares. Misturando ideias de Um Estranho no Ninho a um suspense corriqueiro na linha woman in prision, The Fifth Floor é daqueles casos que virou uma curiosidade, mais engraçada do que incômoda. As caretas cínicas do enfermeiro Hopkins viram piada involuntária que mais atrapalham do que ajudam. O filme se salva na figura frágil de Dianne Hull, muito adequada ao personagem, mas seu suspense atenuado e produção B só será interessante aos saudosistas, afinal temos diversos números disco music (graças à Casablanca Records), trilha incidental de um iniciante Alan Silvestri e caras conhecidas do pop ianque, entre elas, Julie Adams (de O Monstro da Lagoa Negra) como a enfermeira chefe, Sharon Farrell, que se destacou em Os Rebeldes (1969), foi mãe do bebê mutante de Nasce Um Monstro (1974) e seguiu por carreira irregular, e o eterno bad guy Anthony James, que começou como barman em No Calor da Noite (1967) e se especializou em vilões weird. 

Resumão: considerando a era do gênero wip e dramas famosos como Inocência Ultrajada (1974), este Fifth Floor se garante como cult de época, mais por curiosidades internas do que por virtude em cinema.

• Destaque dispensável: Robert Englund fazendo dancinha.

• Momento cafajeste: Bo Hopkins auxilia Kelly na hora do banho.

• Exploitation: Diane Hull se arrisca em duas ousadas cenas de nudez.

• Destaque à "diva de segunda mão" da disco music, Patty Brooks.

• Entre os internos, participação de Michael Berryman, sentado pelos cantos das cenas.

Expectativa 😈😈      Realidade 😈😈