8 de fevereiro de 2019

Trilhas Sonoras - o cinema por vias musicais

É possível que poucos gêneros tenham dado tanta liberdade de invenção quanto no campo do fantástico. Escolha uma área específica de criação artística entre cinema, quadrinhos, música ou literatura e veja como o fantástico serviu à renovação, à invenção ou à originalidade de propostas só por permitir a inserção de uma sombrinha aqui, uma distorção narrativa ali, uma forma espectral à espreita.
"Filmes de terror precisam muito mais de música do que dramas convencionais", diz John Burlingame nas notas de Amityville Horror. E o Black Phillip faz aqui uma trajetória relâmpago de trilhas sonoras no cinema de terror. Gênero que sofreu mudanças radicais ao longo das décadas e produziu coisas muito malucas e sem paralelos mesmo considerando as evoluções criativas em linhas específicas como o jazz, a eletrônica ou a música clássica. Não é seleção de melhores nem preferências do editor. São só destaques que por algum motivo foram se instalando historicamente como importante em suas épocas.

Outra Música - alternativos alternativos

Música e terror! A gente lembra sempre do óbvio na cultura pop: o rock. O Diabo é o pai do rock! Sabbath, Maiden, metal e tal. Aliás, metal e satanismo dá pra fazer um levantamento bem grande. Mas Black Phillip é espírito de porco e acha que essa associação já deu. Assim como a associação com os góticos. Já sabemos de Bauhaus, Mephisto Walz, Fields of Nephilin, tem um monte. É muito bacana, marcou época (eu ainda escuto bastante). Mas isso tudo já sabemos e já curtimos. Quero mais...

O Mágico

"O vaso media cerca de um metro e vinte centímetros de alto era redondo com a forma aproximada de uma banheira, e feito de vidro excepcionalmente grosso, com mais de uma polegada de espessura. Dentro dele havia uma massa esférica, pouco maior que uma bola de futebol e de singular cor lívida. A superfície era lisa, mas de granulação um tanto grosseira, e sobre ela se estendia uma rede de vasos sanguíneos. Susie contemplava-a com indizível repugnância. De repente soltou um grito. 
– Santo Deus, isso está se mexendo!"

Voci Dal Profondo

Voci Dal Profondo (Itália, 1991)

Diret Lucio Fulci
Com Duilio Del Prete, Karina Huff, Pascal Persiano, Frances Nacman, Bettina Giovannini.

Voci Dal Profondo

Autofulci! O último bom momento do godfather of gore! Depois do falecimento de seu pai em circunstâncias misteriosas, a jovem Rosy volta ao convívio familiar que é um antro de falsidade e intrigas. Nem todos os integrantes são da família biológica da jovem e todos tem um único interesse: o testamento do falecido. Este por sua vez era um implacável patriarca de relações conflituosas com toda a família. Agora Rosy, a única aproximação afetuosa do velho magnata, se vê na obrigação de desvendar uma possível trama familiar por trás da morte de seu pai. Mais ainda do que uma simples obrigação, Rosy parece ouvir as súplicas do falecido e tem um revelador contato com ele em um momento de sonho!

Às Portas da Fantasia

"E as figuras se moviam. Os dois homenzinhos se aproximaram das duas mulherzinhas e, tomando-as nos braços, dançaram um minueto guiados por uma melodia cantada mentalmente, era um bailado grotesco executado por bonequinhos de barro, uma horrenda caricatura de vida". (Os Títeres se Vingam)

O Segundo Rosto - um clássico da paranoia!

O Segundo Rosto


"Você foi encontrado lindamente morto num hotel, em consequência de um derrame cerebral. Tudo perfeitamente normal e simples tal qual lhe dissemos que seria. O enterro é amanhã. E depois você será cremado. Alguma pergunta?"

1 de fevereiro de 2019

Desde Quando Andam os Walkers?...

A Noite dos Mortos Vivos

Antes de Psicose (1960) o cinema tinha nas criaturas fantásticas a forma mais perfeita de povoar nossos pesadelos. Sátiros, ciclopes, sereias, harpias, vampiros, a criatura de Frankenstein e até o amazonense monstro da lagoa negra, foram, invariavelmente, derivações da figura humana para a composição de um personagem sobrenatural.