10 de fevereiro de 2019

E Tanta Paura

E Tanta Paura (Itália, 1976)

Diret Paolo Cavara
Com Michele Placido, Corinne Clery, Quinto Parmeggiani, John Steiner, Eli Wallach, Tom Skerritt. 

E Tanta Paura

Reinventando a roda. Giallo que tentou escapar das convenções do gênero em um resultado bem curioso. Na carreira diferenciada de Paolo Cavara, ele já havia ganhado notoriedade com os documentários Mondo, inciou-se na ficção com o "traidor" Occhio Selvaggio e fez em seguida um giallo clássico O Ventre Negro da Tarântula. Fez um faroeste fora da época, Rápidos Brutos e Mortais (1973) e algumas comédias. Aqui ele busca reinvenção nos ingredientes do giallo contando as investigações de um policial sobre diversos assassinatos que não tem imediata ligação entre si. Com a ajuda de um detetive particular de métodos sofisticados (Eli Wallach), a investigação leva a um grupo de excêntricos milionários ligados a rede de prostituição.

Outra Música 2

Continuando com a sugestão de sons macabros de Outra Música, agora mais contemporâneos e eletrônicos. Nestes tempos de acesso digital, as possibilidades de inventar e expor trabalhos novos é grande, e aí tivemos o chamado Dark Ambient, trabalhos repletos de instrumentais editados e com muita cara de trilha sonora. Sem virtuosismo técnico e valendo mais pela proposta conceitual. Alguns dos selecionados pertencem a essa categoria: James Plotkin, Old Tower e Demdike Stare.

Roland Topor - um surreal no cinema

Roland Topor

• Roland Topor, ilustrador, escritor e ator destacado pelo conteúdo surrealista de seu trabalho. Se tivesse produzido no mercado americano, hoje certamente seria lembrado como figura pop-cult. Descendente de judeus poloneses, Topor nasceu em 1938 em Paris, quando sua família para lá se mudou depois da ascensão do nazismo. Foi figura marcante do surrealismo por seus desenhos incomparáveis, bizarros, frequentemente violentos e teve seu nome ligado ao cinema em diversas ocasiões e diversas atividades.

Ian Miller - arte farpada!

Ian Miller

8 de fevereiro de 2019

O Guardião

"Perto da hora haverá uma tempestade de estrelas. As estrelas mudarão de posição e a Lua mostrará suas costas para a Terra. Outros sinais vem primeiro, mas não tenho permissão para revelar ... Então tudo ficará escuro... mais escuro do que qualquer eclipse. A Lua, o Sol e as estrelas - todos desaparecerão e o céu descerá para a Terra ... Ninguém vai ser salvo."

Trilhas Sonoras - o cinema por vias musicais

É possível que poucos gêneros tenham dado tanta liberdade de invenção quanto no campo do fantástico. Escolha uma área específica de criação artística entre cinema, quadrinhos, música ou literatura e veja como o fantástico serviu à renovação, à invenção ou à originalidade de propostas só por permitir a inserção de uma sombrinha aqui, uma distorção narrativa ali, uma forma espectral à espreita.
"Filmes de terror precisam muito mais de música do que dramas convencionais", diz John Burlingame nas notas de Amityville Horror. E o Black Phillip faz aqui uma trajetória relâmpago de trilhas sonoras no cinema de terror. Gênero que sofreu mudanças radicais ao longo das décadas e produziu coisas muito malucas e sem paralelos mesmo considerando as evoluções criativas em linhas específicas como o jazz, a eletrônica ou a música clássica. Não é seleção de melhores nem preferências do editor. São só destaques que por algum motivo foram se instalando historicamente como importante em suas épocas.

Outra Música - alternativos alternativos

Música e terror! A gente lembra sempre do óbvio na cultura pop: o rock. O Diabo é o pai do rock! Sabbath, Maiden, metal e tal. Aliás, metal e satanismo dá pra fazer um levantamento bem grande. Mas Black Phillip é espírito de porco e acha que essa associação já deu. Assim como a associação com os góticos. Já sabemos de Bauhaus, Mephisto Walz, Fields of Nephilin, tem um monte. É muito bacana, marcou época (eu ainda escuto bastante). Mas isso tudo já sabemos e já curtimos. Quero mais...