Um Longo Fim de Semana

Long Weekend (AUS, 1978)

Diret Colin Eggleston

Com John Hargreaves, Briony Behets.

Chineladas da mãe-natureza! Um dos grandes filmes dos anos de ouro do suspense australiano. Pena que não foi tão citado quanto outros conterrâneos. Na linha dos filmes onde a natureza se volta contra humanos este é dos melhores. Peter e Marcia partem para um fim de semana na praia para tentar um momento de relax na relação tumultuada, um momento de alternativa ao ritmo mecanizado da vida metropolitana. A praia que procuram na costa australiana é meio desconhecida e pouco frequentada... por humanos! E a recepção aos estranhos não será nada calorosa pela fauna local. Em poucos dias de acampamento a segurança de Peter e Marcia será ameaçada por diversas criaturas locais.

Magos - raridades do fantástico!

Mazirian parou indeciso. Não era bom usar tantos encantamentos e com isso esbulhar-se do poder. O que poderia existir sob o lago? [...] Entretanto como a figura da garota não viesse à tona, ele invocou o Encanto da Alimentação Incansável e penetrou nas águas frias. Ele mergulhou fundo no Lago dos Sonhos e, estando em pé no fundo, sem forçar os pulmões por causa do encanto, ele maravilhou-se diante do local de aura sobrenatural onde penetrara. Em vez de trevas, um brilho esverdeado estava por toda parte, e a água era um pouco menos clara que o ar. (Mazirian, o Mágico)

Larry Cohen - a liberdade inconsequente do cinema B

"Muitos filmes A são esquecidos rapidamente. São chatos, lentos e tediosos.

Filmes B são excitantes, são rápidos e energéticos!"

Um dos mestres do cinema B americano que curiosamente não foi tão citado quanto mereceria. Geralmente lembrado pelo cult Nasce um Monstro, Cohen teve uma carreira mais variada do que a média dos diretores de sua área de atuação. Iniciou atividades nos blaxploitation do comecinho dos anos 70 com Bone, seguido do cult O Chefão de Nova York. Com Nasce um Monstro iniciou uma bem sucedida carreira no fantástico/terror que o consagraria como uma espécie de Roger Corman moderno.

Body Horror

Meu corpo... sem as regras. Intervenções no corpo constituem um dos aspectos mais assustadores das narrativas de terror. O fascínio mórbido pela alteração das convenções de beleza física ou padrões biológicos vem de longe. Se na arte clássica foram buscadas formas e proporções corporais equilibradas na constituição do "modelo perfeito" coube às narrativas fantásticas a alteração das convenções para o tormento dos espectadores. Nosso próprio corpo como fonte do horror.

A Seita Malígna

The Void (EUA, 2016)

Diret Jeremy Gillespie, Steven Kostanski

Com Aaron Poole, Kathleen Munroe, Kenneth Welsh, Daniel Fathers, Ellen Wong.

Desapega corpo e mente! Co-produção entre EUA, Canadá e Reino Unido que faz uma mistura bem legal de ficção e horror na linha do terror-cósmico! Daniel Carter é um policial em serviço que recolhe um rapaz aparentemente ferido na estrada e ao levá-lo ao hospital próximo fica retido quando o local é cercado pelo que parece ser uma seita de encapuzados. Mas existem ameaças ainda maiores nos subterrâneos do hospital!

Antiviral

Antiviral (Canadá, 2012)

Diret Brandon Cronenberg
Com Caleb Landry Jones, Sarah Gadon, Reid Morgan, Douglas Smith.

Acho que meu corpo se virou contra mim... 

não sei quanto tempo mais vou continuar fazendo isso...

Comunhão biológica. Drama e ficção em um trabalho incomum dirigido por Brandon Cronenberg, filho de David! Seu primeiro longa é uma incômoda visão do vazio cultural contemporâneo alimentado pela mídia eletrônica. Em um futuro indeterminado, a população, em insana idolatria por celebridades, pode se deixar infectar pelas mesmas enfermidades de seus ídolos! O jovem Syd March é funcionário da conceituada Lucas Clinic e começa a traficar células para o mercado pirata!

As Sete Faces do Dr Lao - hoje na Sessão da Tarde!

"O fundo da tenda ergueu-se como uma cortina e diante dos olhos do povo de Abalone, Arizona, surgiu o majestoso e soturno templo do grande deus Yottle. Também soturna, a música das esferas elevou-se da nave e do santuário em vagas de som, pairando entre as trevas colossais, subindo mais alto, cada vez mais alto, até o limiar dourado do próprio céu".