Horror cósmico – um termo usado e popularizado recentemente, mas que já tem muita história no cinema e antes ainda na literatura. Com a multiplicação de edições da obra do escritor H. P. Lovecraft em nosso mercado, o "horror cósmico" passou a ser amplamente comentado. Mas é preciso definir as restrições seletivas senão qualquer filme de espaço com terror vira terror cósmico como Alien por exemplo ou Event Horizon. E que tal Marte Ataca ou O Predador? Ué, são ameaças que vêm de outros mundos, assim como o clássico The Thing (Enigma de Outro Mundo, 1982)... Mas o terror cósmico é mais voltado ao mistério e não trata de inimigos que podem ser vencidos a bala. E o 2001, que dá um medo danado pelas evoluções finais na vida do astronauta Bowman? Horror cósmico? Não mesmo!
Peter Cushing é o cara! Nada a ver com Drácula: este é o terceiro filme da Trilogia Karnstein da Hammer, destacável como um dos melhores da produtora. Maria e Frieda são gêmeas e depois de ficarem órfãs, mudam-se para a casa dos tios, que assumem a guarda das jovens. E os problemas se revelam imediatamente: o tio conservador é líder de um grupo de caçadores de bruxas que supõe que seus métodos também servem para vampiros. Frieda tem seu lado rebelde que logo entrará em conflito com os modos rígidos do tio. Em pouco tempo ela atrairá o interesse do Conde Karnstein, um libertino, temido na região, que experimenta com ritos macabros em seu castelo.
Horrível beleza. Notável estilização em terror-cósmico com uma capacidade rara em imersão narrativa. A queda de um meteoro em um farol provoca a contaminação em uma região costeira causando transformação na flora e fauna locais. Mas a contaminação está em expansão e missões exploratórias tentam estudar o fenômeno que pode ser uma ameaça planetária.
Ozploitation de arte? Alternativo suspense de estrada em co-produção EUA-Austrália. Em uma ambientação pós-breakdown, como diz a abertura, e filmado nos infernais desertos australianos, é quase impossível não ver a variante entre neo-faroeste e aventura de apocalipse no drama de Guy Pearce, uma sujeito à deriva em espeluncas de estrada que tem seu carro roubado por assaltantes em fuga.
A úvula de Robert Pattinson. Drama e loucura nesta obra singular de insuportável progressão. Willem Dafoe e Robert Pattinson têm a missão de zeladores de um farol por quatro semanas. A relação não muito amistosa no início vai degenerando com o trabalho árduo e as condições desfavoráveis. Quando o resgate evita se aproximar por causa das tormentas, os dois ficam por tempo indeterminado no local, à mercê de crescente loucura e uma possível força que atua no farol.
