O nevoeiro estava mais espesso. Amarelo em torno dos lampiões que iluminavam o cais, esverdeado sob os bicos de gás da rua. Muitas vezes ele se enfunava, formando volutas de fumaça pesada, às vezes transformava-se em garoa fina, cujas gotas brilhavam suspensas. O castelo de proa do Smoelen, com suas vigias iluminadas, surgia indistinto através da bruma.
Cinema de aventura. Literalmente "de aventura", esta é uma das produções mais caprichadas do diretor mexicano René Cardona Jr. Na tradição cinematográfica do improviso de produção que caracterizou o cinema do clã Cardona – pai, filho e neto – esta jungle adventure se saiu muito bem. Isto é: para um bom entendedor em cinema B, Treasure of the Amazon, apesar da flagrante breguice, surpreende em seus bons enquadramentos, foto em autenticidade satisfatória, e até a trilha musical velha-guarda se adequa ao show de erros e acertos.
O fortim já não era o mesmo. A seu respeito uma intranquilidade pairava no ar. Na véspera ele aparentara ser apenas uma velha construção de pedra. Agora era mais do que isso. Cada sombra parecia mais escura e mais profunda do que antes, e com um toque indescritivelmente sinistro.
Tira o Liam Neeson e coloca um vampiro. Aventura e terror em uma mistura bacana de ver que se sustenta pela direção dinâmica. Nadja, precisa de um tratamento urgente em uma clínica em Nova Iorque e embarca em um avião com a ajuda de seu filho Elias. Ela sofre de uma contaminação no sangue e precisa urgentemente de uma transfusão. Mas o voo é alvo de um grupo de terroristas e Nadja irá sofrer uma mutação que pode contaminar todos à bordo em um processo irrefreável se não chegar logo ao seu destino.
Rindo até hoje. O giallo já havia dado o que podia por volta de 1976, e depois do clássico Profondo Rosso parecia haver pouca coisa a se inventar na exuberância histriônica proposta no gênero. Temos então este pequeno-grande suspense que escapa do molde dos giallos para encontrar um excelência muito própria em narrativa e aspectos gráficos. Stefano é um restaurador de arte contratado para cuidar de um afresco encontrado na parede de uma igreja. Tão logo chega ao vilarejo e se instala em uma hospedaria, começa a receber telefonemas ameaçadores para que abandone o trabalho.
Pegadinha do marido. Suspense corretinho de diretor estreante que pode servir de reabilitação à carreira da gata Megan Fox. Depois de uma série de filmes sem graça Megan bem que merece uma produção à altura de seu status de estrela-fetiche. O problema, aqui neste thriller, é que filmes do gênero pedem por atuações extremas e Megan não tem a voltagem dramática necessária para um projeto no qual toda a carga de tensão recaí sobre a protagonista.
